Pequim pretende construir 20 usinas nucleares no mar

Editoria Msia 12/11/2016

A China está trabalhando no projeto de construção de 20 usinas atômicas no Mar da China Meridional, com a finalidade de estabelecer um “controle efetivo” das ilhas em disputa, segundo o portal semioficial Global Times. O plano foi anunciado apenas dois dias após o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia ter rejeitado as reclamações chinesas pela confirmação de sua soberania sobre as ilhas e águas estrategicamente vitais na citada região (RT, 20/07/2016).

A construção de plataformas marinhas de energia nuclear  tem custo total previsto de cerca de 6 bilhões de dólares, segundo dados da Corporação Nuclear Internacional da China (CNNC). Segundo a instituição, serão construídas 20 plataformas nucleares, que serão empregadas nos recifes e nas ilhas Spratly (área sob disputa na região), “para garantir água doce”. No entanto, o informe original do CNNC foi retirado do seu site na internet e um membro da empresa afirmou à agência AFP (15/07/2016) que o texto tem aspectos que “precisam ser confirmados”.

O projeto parece ser uma resposta determinada de Pequim à citada decisão do Tribunal de Haia, emitido no dia 12 de julho, e que concluiu que a China “não tem direito histórico” sobre os territórios em disputa. A decisão foi considerada favorável às Filipinas. Por sua vez, o governo chinês anunciou que a corte de Haia não tem competência para avaliar o caso e afirmou que, devido ao seu uso histórico das águas, tem o direito de controlar quase 90% do mar da China Meridional.  O projeto inclui ainda a construção de dois porta-aviões, para se contrapor à presença permanente da frota dos Estados Unidos estacionada em bases da região.

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